sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Paratletas CIEP-SE se preparam para corridas de rua no Estado

  Os paratletas Maria Gilda, Ronald Andrade e Ulisses Freitas estão se preparando para participar das próximas corridas de rua que acontecerão na cidade de Aracaju neste mês. 


Ronald Andrade Filho
Ulisses Freita
Teremos como representantes na Corrida Noturna de Revezamento Night Run, os paratletas Ronald e Ulisses. Esta acontecerá no dia 5 de novembro com largada às 20h  na Av. Oviêdo Teixeira, próximo ao Parque da Sementeira e terá  percuso de 9km, sendo 4,5km para cada paratleta.






Maria Gilda

Na corrida dos carteiros que acontecerá no dia 6  de novembro, com largada às 7h30 na Agência Central e chegada em frente ao Balneário do Sesc, na Atalaia, com  percurso de 10 km de extensão, teremos como representante A paratleta Maria Gilda.

E no dia 15 de novembro os três paratletas estarão representando o CIEP na Volta de Aracaju que terá largada de fronte ao Complexo Desportivo do SESI no D.I.A, as 8h com  percurso de aproximadamente 10 km.


Maria Gilda recebendo a premiação na II Corrida Ela
A paratleta Maria Gilda já participou de outras provas de atletismo, entre elas a II Corrida Ela que aconteceu no dia 26 de agosto deste ano, na Passarela do Caranguejo, na Orla de Atalaia e teve percurso de 5km. Ela foi a única paratleta na corrida  e chegou entre as 10 primeiras no rank geral! Ao finalizar a prova ela disse estar muito feliz e que o momento era muito especial e acrescentou: "Pude mostrar que o deficiente físico pode ultrapassar muitos limites"





BOA SORTE AOS NOSSOS PARATLETAS!

3º Lugar do Regional Nordeste é do CIEP-SE


Delegação CIEP antes de embarcar para Regional
Após 5 dias de bastante desgaste físico e emocional, retornamos do Regional Nordeste de Basquete em Cadeira de Rodas com bons resultados. 
A equipe A ficou com a  3ª colocação e A equipe B terminou em 7º lugar e dois paratletas na seleção do campeonato.
Luiz Alberto Rollemberg e Wellington Fonseca (All Star no Regional Nordeste 2011)


Para mais informações sobre o Regional e o desempenho das equipes do CIEP-SE veja o blog do paratleta Ronald  "Rodas pra que te quero" ou no site da CBBC .

domingo, 16 de outubro de 2011

Regional Nordeste de Basquete em Cadeira de Rodas

Agora falta pouco!  

A Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas realizará de 19 a 23 de outubro o Regional Nordeste de Basquete em cadeira de rodas na cidade de Recife que contará com a participação de 15 equipes, sendo que duas delas são do Centro Integrado de Esporte Paratleta (CIEP A e CIEP B).

Esperamos o ano inteiro por esse momento e trabalhamos bastante para estarmos preparados para mais essa batalha. Enfrentamos e superamos as dificuldades e limitações de cada membro da equipe, a falta de local adequado para treinar,  o não reconhecimento da modalidade e em alguns momentos a falta de apoio financeiro e material para seguirmos em frente nessa jornada.



No sábado 15,  fizemos nosso último treino e começamos a arrumar as malas para embarcar na terça rumo ao nosso desafio mais esperado ( cadeiras aferidas, rodas "turbinadas" e embaladas) Recife aí vamos nós! Mas antes não poderiamos deixar de agradecer a todos que nos ajudaram seja na fase preparatória para a competição ou agora com auxílio para nossa viagem.





Em primeiro lugar agradecer ao Secretário de Esporte e Lazer  Maurício Pimentel e aos que compõem a Diretoria de Inclusão Social: Aquiles, Edvânia, Givaldo e Max por todo o apoio dado e o esforço para atender a nossas necessidades.





Ao Instituto Gbarbosa que está sempre apoiando nossas ações e que disponibilizou hospedagem para a delegação da Paraíba que veio fazer um amistoso de preparação e teste para o Regional Nordeste, em especial a Nadja, Fábio, Clécia e Dani.
Ao professor Marcelo que abriu as portas da UFS para que pudessemos realizar os joogs amistosos e se colocou a disposição para ajudar sempre que precisarmos.
Mila da Unimed que vêm nos dando uma grande apoio, A Presidente Conselho Municipal de Defesa dos Direito da Pessoa com Deficiência Gorete Medeiros que não mede esforço na mobilização da sociedade e luta para que os nossos direitos sejam respeitados.


Ao professor Jailton Miranda que aceitou o convite de trazer a equipe PESTALOZZI da Paraíba (campeã do regional nordeste 2010), para que pudessemos trocar experiências e realizar jogos amistosos como forma de  avaliar todo o trabalho que fizemos e o nível em que nos encontramos.





Ao Presidente da  Federação Sergipana de basketball Damião Teles que disponibilizou os oficiais de mesa para os  jogos amistosos, fazendo com que os mesmos se aproximassem da realidade que iremos encontar na competição.



Garra, força de vontade e determinação estão na nossa bagagem e graças ao apoio da Unimed, Douglas Médico, Secretaria de Estado do Esporte e Lazer, Farmácia Moura, Tony que deu a maior força nesses últimos treinos no Complexo Esportivo do Bairro Industrial, familiares e amigos.

  


 
Vamos lá e encher de orgulho quem sempre esteve lutando para que o CIEP esteja em atividade, que não mede esforços para que tudo esteja no seu devido lugar e que os paratletas tenham dignidade e respeito e sintam-se realizados através do esporte.




Estamos indo representar nosso Estado com o propósito de darmos o nosso melhor pela equipe e encher Diel de orgulho pois senão por ele o CIEP e o basquete em cadeira de rodas não existiria.


Onde está cumprimento dos requisitos básicos de Acessibilidade ?


A equipe do CIEP  de basquete em cadeira de rodas ás vésperas de mais uma competição: Regional Nordeste que acontecerá em Recife de 19 a 23 deste mês intensificou seus treinos, neste último sábado 15, as equipes fizeram seu último treino antes de embarcar para a competição. O treino aconteceu no Complexo Esportivo do Bairro Industrial, ali embaixo da ponte Aracaju/Barra e toda a ansiedade e entusiasmo dos paratletas foi quebrado pela falta de bom senso e caráter de funcionários de uma empresa de ônibus após o treino ter acabado e a necessidade deles de fazer uso do transporte urbano para voltar para suas casas.

Acabado  treino os paratletas após bastante tempo esperando pelo ônibus adaptado, foram informados que o elevador do mesmo não estava funcionando, até aí tudo bem, a necessidade de ir embora e pelo fato de já estar tarde e eles estarem cansados por conta do treinamento, a frota de ônibus ser reduzida no final de semana, os dois cadeirantes optaram por aceitar serem colocados no ônibus (5412 da empresa São Cristovão/VCA e linha 061 Marcos Freire III Centro - sentido centro)  pela técnica e um outro atleta da equipe (amputado). A paratleta Mayara com seus 65kg foi colocada dentro do ônibus com certa dificuldade e no caso de Ulisses foi bastante complicado, pois o mesmo pesa aproximadamente 100kg e não  podemos esquecer que foi uma mulher e um amputado quem subiu os dois no ônibus. 
Todos à bordo, Mayara disse ao cobrador: - Este elevador está funcionando sim moço, eu peguei esse mesmo ônibus ontem, ele está sem o controle mas dá para fazer "no manual." O ilustríssimo senhor cobrador com toda sua sabedoria e arrogancia afrimou que não tinha tido treinamento na empresa e que não tinha nada de manual, ele não leu o manual e o mesmo não anda com ele no ônibus (tudo bem ela se expressou errado ao falar em fazer "no manual") mas, mesmo após ela repetir diversas vezes e tentar explicar ele foi rude com ela e com Ulisses que ao saber que o elevador não estava quebrado tentou fazer valer seus direitos. Ao chegar no local onde ele ia descer (Terminal do Mercado) o mesmo avisou ao motorista que ia descer e solicitou ao cobrador que manuseasse o elevador e o mesmo se recusou. Primeiro  disse que seria mais rápido se ele descesse da mesma forma que subiu, depois  falou que não sabia mexer. Então Ulisses ligou para a polícia e informou o que estava acontecendo, o motorista recrutou o fiscal  pedindo para que ele fosse no ônibus resolver o problema "desse cidadão" (interessante ele sabia que o Ulisses é um cidadão mas em momento nenhum respeitou os direitos dele como tal).
O fiscal subiu no ônibus e assim como "num passe de mágica" o elevador que estava quebrado (palavras do motorista e cobrador) começou a funcionar. Ulisses que estava ao telefone  com a atendente da polícia, esperou as instruções dela em relação ao que ele deveria fazer (ele não queria descer antes de uma viatura da polícia chegar ao local), Mas após a conversa com a atendente da polícia ele foi instruído a descer e depois ir até a delegacia para fazer um BO.
Depois de todo o constrangimento ao esperar pelo próximo ônibus que Ulisses pegaria para chegar em sua residência o fiscal pegou o rádio e foi fazer alguns contatos sabe-se lá com quem, mas o pior de tudo foi o que aconteceu após o retorno do ônibus ao terminal (o mesmo vai até o terminal do centro e retorna para o Marcos Freire pelo terminal do mercado em poucos minutos). O fiscal foi instruir o motorista a dizer que os deficientes físico estavam todos embreagados e que tentaram agredir a ele e ao cobrador e que não esperaram ao menos eles testarem o equipamento. Mas infelizmente eles esqueceram que apenas um dos cadeirantes desceu do ônibus e não perceberam que dois paratletas e a técnica ainda estavam no terminal e todos presenciaram esse fato rídiculo, principalmente Mayara que ainda se encontrava no ônibus (aí a revolta aumentou, pois era melhor ter esperado a viatura e ter ido para a delegacia dali mesmo como sugeriu um senhor que também se indignou com a situação).
Já havia passado por constrangimentos em relação a acessiblidade nos transportes que é assegurada pela LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. Mas esta além de tudo foi desrespeitosa e humilhante. 
Infelizmente é a realidade mas até quando isso vai acontecer? Não sou deficiente mas convivo com eles e aprendi a conhecer suas limitações, da mesma forma que vejo suas capacidades e potencialidades que muitas vezes são reprimidas por conta de uma sociedade sem informação e sem respeito ao próximo.


 Antes da instrução do fiscal eu não iria divulgar a foto dos mesmos, mas já que eles querem usar de má fé, decidi coloca-las aqui para que todos possam vê-los. Espero que eles não precisem passar pela humilhação que Ulisses e Mayara passaram, eu me indignei, fiquei nervosa e quase chorei e fico imaginando o turbilhão de sentimentos que eles tiveram naquele momento e que têm cotidianamente. Como disse a Ulisses: essa briga agora também é minha.



Todos  que fazem parte do CIEP e os colaboradores sabem do potencial que cada um tem e não podemos e nem vamos nos deixar abalar por conta da falta de educação, respeito e mau caratismo de algumas pessoas. Vamos lá galera erguer a cabeça, procurar fazer valer os direitos de vocês e mostrar para esses infames que ignorantes são eles que não reconhecem o devido valor de cada ser humano.
Ulisses camiseta branca com a bola na mão e Mayara de camiseta vermelha no canto direito





Vanessa Menezes


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CIEP-SE aderindo ao mundo de inclusão digital

Ultimamente a palavra da moda é INCLUSÃO
Nós deficientes sabemos muito bem o quanto não só a palvara, mas também as idéias e propostas são de fundamentais importância. 
De fato, quanto tratamos de inclusão não devemos pensar apenas nas pessoas com deficiência física, mental ou auditiva, mas na sociedade como um todo.
Mas hoje resolvemos começar a nossa inclusão digital
Pois é aqui estamos, um pouco perdidos, mas com muitas  coisas para compartilhar e bem mais a adiquirir.

Para dar nosso pontapé inicial iremos utilizar uma frase que muitas pessoas usam de forma irônica, mas que no momento esta sendo de grande valia para nós:
BENDITA INCLUSÃO DIGITAL, CHEGAMOS!